Neste Dia dos Pais a SOBED-RJ parabeniza os pais associados e faz uma homenagem àqueles que se tornaram fonte de inspiração profissional para os próprios filhos, incluindo o atual presidente da SOBED-RJ, Dr. Djalma Coelho, e seu pai, Dr. José Flavio, que nos últimos 30 anos compartilham dessa felicidade de poderem trabalhar juntos.
Aliás, a Medicina é mais do que presente no dia-a-dia da família Coelho. A esposa do Dr. Djalma, Dra. Saluá Coelho é médica anestesista e as filhas gêmas do casal, Mariana e Gabriela, de 18 anos, estão no 1º ano da faculdade de Medicina na Fundação Técnico-Educacional Souza Marques. A dedicação, o amor à Medicina, o envolvimento com o trabalho e o cuidado com os pacientes são apenas algumas das características que fizeram elas seguirem o mesmo caminho dos pais.
E, assim como a família Coelho, outros associados têm histórias semelhantes.

Mãe de dois e casada com um endoscopista, Dra. Patricia Luna não se esquece da cena de seu pai preparando aulas, quando ela tinha apenas 7 anos. Ela define o seu pai, o Dr. Luiz Leite Luna, como um exemplo de seriedade, comprometimento e amor à Medicina, tanto que é referência na especialidade, além de ex-presidente e um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Endoscopia.
“Eu adorava ver os slides que ele montava. Ficava do lado dele só olhando, mesmo não entendendo nada. Na época, as aulas eram dadas com projeção de slides! E ele me deixava mexer, mas sempre recomendava: “- Só não tira da ordem!” Os slides eram lindos! Ele colocava figuras de livros, fotografias de exames, esquemas e montava desenhos. Aquilo me encantava, e sem dúvida, me influenciou muito na escolha da minha profissão. Desde que me formei sempre trabalhamos juntos no Hospital São Vicente de Paulo, onde meu pai fundou o atual Serviço de Endoscopia. Uma vez ele leu um artigo com uma técnica diferente de Diverticulotomia de Zenker e fizemos juntos um caso utilizando essa técnica. Acabei apresentando este caso em uma reunião da SOBED e isso foi muito marcante para mim. Além do trabalho na assistência médica, ele sempre deu muitas aulas e participava de muito eventos científicos. E estudava muito, muito mesmo! Até hoje ainda estuda muito! Ele ama estudar! Com isso estava sempre ocupado. Trabalhava o dia todo e me lembro de muitas noites ele ter que sair também para trabalhar. As emergências! Apesar de vê-lo pouco nesta época, ele sempre dava um jeito de estar presente quando precisávamos. Nas nossas doenças, eventos e vitórias ele estava lá. Me lembro que quando fiz vestibular para Medicina ele me levou e me esperou em todas as provas. Acho que ficou mais nervoso do que eu!”, comenta Dra. Patricia Luna, que também trabalha no INCA.

Dra. Carolina Menezes é outro exemplo. Casada e mãe do Gabriel, ela foi residente do seu pai, o Dr. José Geraldo Menezes, ex-presidente da SOBED-RJ, e até hoje trabalham juntos como endoscopistas.
“A minha escolha profissional foi extremamente livre, mas com certeza o carinho e a paixão que meu pai sempre despertou me fez começar a olhar com outros olhos. Eu queria ser bailarina, mas na hora em que a gente chega para fazer a escolha acabei tendo a influência do meu pai, pois vendo dentro de casa a empatia dele e o carinho com os pacientes, eu também fui “mordida pelo bichinho.” Quando a gente começou a trabalhar junto, nosso convívio ficou ainda maior, não só do lado profissional, que até hoje é um grande aprendizado, mas inclusive pela nossa parceria de vida, que foi aumentando com o nosso convívio diário. Retidão, empatia e o jeito amoroso são marcas dele, além da grande paixão pelos seus alunos, por mais de 30 anos dedicados à formação de residentes. Eu amo muito o meu pai e a família que construí. Deus não poderia ter sido mais generoso com a gente. Agradeço por ter um pai amoroso, carinhoso, correto, e além de tudo, um protetor na vida pessoal e também na vida profissional. E que a gente possa trabalhar por muito, muito tempo, juntos”, reforça Dra. Carolina Menezes, que trabalha no Hospital Rios D’Or e em consultório, em Jacarepaguá.

Casado e pai do Lucas, Dr. Túlio Medina Guerra Pereira Caldas é endoscopista assim como o pai, o Dr. Francisco José Medina Pereira Caldas, também ex-presidente da SOBED-RJ. Os dois trabalham juntos e ele destaca a ética profissional como a maior característica de seu pai.
“Sem dúvida o meu pai foi a referência para minha escolha profissional. Também tenho primos e tios médicos. Da nossa rotina de trabalho conjunta posso afirmar que não existe um momento marcante apenas uma convivência agradável, com trocas de informações com uma pessoa que possui uma experiência incrível no mundo da endoscopia, o que eleva o meu conhecimento e torna todo procedimento em uma aula. Para mim o equilibro do trabalho é a chave e a família sempre será minha prioridade. Que neste dia apesar da distância todos tentem confraternizar e ficar perto, pois a família é a base”, reforça Dr. Túlio Medina, que trabalha no Hospital Central Aristarcho Pessoa, Hospital Federal Cardoso Fontes e no Hospital Unimed-Rio e é responsável técnico da EndoMedina-Clinica de Endoscopia Digestiva.
Prestes a casar e à espera do 1º filho, Dr. Rafael Quinellato recorda que por volta de 7 anos já falava que seria ser médico, igual ao seu pai, o Dr. Luiz Pinheiro Quinellato, ex-presidente da SOBED-RJ. Inclusive, começou a acompanhá-lo nos exames de endoscopia, antes mesmo de cursar medicina.
“Ele sempre me chamava para acompanhá-lo nos sobreavisos no Hospital Evangélico. Já na faculdade, quando estava de férias, sempre que possível acompanhava-o nos exames eletivos e eventualmente nas emergências/urgências endoscópicas. Ele me dava aulas, inclusive. Meu pai é o meu grande mentor, inspirador, uma pessoa muito humana, que pensa muito na pessoa que está do outro lado e procura sempre ajudar a quem precisa. É quem me norteia, um grande amigo. E a nossa relação é ótima. Trabalhamos no mesmo consultório desde 2012 e trocamos muitas figurinhas. Um momento marcante foi num desses primeiros sobreavisos em que já estava na faculdade e ainda decidindo que especialidade iria fazer. O paciente estava fazendo endoscopia, por ter apresentado hemorragia digestiva, só que acabou vomitando muito sangue no meio do exame, inclusive sujando nossos sapatos. Meu pai ficou mais assustado do que eu, não pelo exame em si (hahaha). Ele dizia: – “Não é sempre assim, isso é uma raridade. Está tudo bem com você?” E eu não fiquei nem um pouco traumatizado, inclusive, depois fui desenvolvendo um interesse especial pela gastroenterologia, principalmente a clínica, até que resolvi fazer a residência em gastro e fiquei fascinado pela parte da imagem. Em 2012, logo após a residência em gastro, me tornei especialista pela SOBED em Endoscopia e hoje sou especialista na área de pâncreas e via biliar, após concluir o curso de capacitação em endoscopia da via biliar e eco endoscopia, em 2019. Então, a minha vida agora é a endoscopia, e poder trabalhar com o meu pai, que também é gastro e endoscopista, é uma honra. Tiramos dúvidas um com o outro e ele fica todo orgulhoso que eu fui um pouco além na realização de endoscopia avançada”, conta Dr. Rafael Quinellato, que trabalha na Clinica Quimed, no Hospital Carlos Chagas, no Hospital da Marinha e no Hospital Casa Evangélico, todos no Rio de Janeiro.

Casado e pai de dois filhos, Dr. Luiz Carlos Duarte Monteiro Júnior sempre guardará na memória o dia, em que sob a supervisão de seu pai, fez a sua 1ª endoscopia digestiva alta com um fibroscópio da marca Olympus. Desde criança, ele queria seguir na carreira e cresceu ouvindo histórias de casos médicos vivenciados pelo saudoso Dr. Luiz Carlos Duarte Monteiro.
“Meu pai tinha duas grandes paixões: sua família (esposa e cinco filhos) e sua profissão. Tenho certeza de que ele me influenciou, pois nunca pensei em outra profissão. Tivemos a alegria de trabalhar juntos durante muitos anos até ele se aposentar. A história dele me inspira. Na década de 70, ele se apaixonou pela Endoscopia Digestiva, parou de atuar como cirurgião geral e passou a se dedicar exclusivamente à Endoscopia. Participou da criação da nossa SOBED, e também de muitos congressos e cursos no Brasil e no exterior, divulgando e trocando experiências com colegas sobre a nossa especialidade. Para mim, a carreira de Medicina é hipnotizante e a minha família é o meu “porto seguro”. Sou um pai muito orgulhoso em ter o Victor, de 21 anos, cursando Administração, e a Marina, de 18 anos, fazendo curso preparatório para Medicina”, ressalta Dr. Luiz Carlos Duarte Monteiro Júnior, Diretor médico da Gastroimagem e responsável pelo Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital da Policia Militar de Niterói .
Casado e pai de duas filhas, Dr. Guilherme Falcão é médico endoscopista, assim como o pai, o Dr. Celso Ribeiro, considerado por ele um verdadeiro “professor em casa”, que sempre o inspirou.
“Meu pai ingressou na Endoscopia Digestiva em 1978. Desde criança não me lembro de pensar em seguir outra profissão. Mesmo ele nunca tendo “sugerido” ou me persuadido, é inegável que a admiração por ele foi decisiva na minha escolha e, principalmente, na especialidade. Hoje, por morarmos em cidades diferentes, não trabalhamos juntos, mas no início da minha vida profissional, trabalhamos e fizemos muitos procedimentos juntos, e é muito confortante ter um professor “em casa”. A troca de experiência é muito interessante, pois somos de gerações diferentes, com formação distinta, que por vezes nos levava a divergir sobre algumas condutas, mas no final, sempre prevaleciam o bom senso e ética”, comenta Dr. Guilherme.
Ele também fala de outras características do Dr. Celso:
“Meu pai é um grande médico! Mas antes disso, ele é um filho e irmão valoroso, um pai extremamente amoroso que nunca mediu esforços para educar a mim e meus irmãos, além de um vovô coruja muito querido por suas netinhas. Dentre todas as virtudes do meu pai, a que sempre me chamou atenção é a sua disposição e determinação para o trabalho. É um médico dedicado, arrojado e desbravador. Quando muitas vezes eu via dificuldades e impossibilidades, ele enxergava oportunidades de fazer algo novo e maior. Foi observando as suas atitudes que a dignidade ganhou vida na minha vida”, ressalta Dr. Guilherme Falcão, que hoje trabalha em Campos dos Goytacazes, no Hospital Ferreira Machado, no Hospital Geral de Guarus, na Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos, no Hospital da Unimed/Campos, além da Clínica/Instituto de Oncologia Santa Maria.

Casado e pai de dois filhos, Dr. James Menezes Alvarez conta que teve o filho mais velho, seu xará, no meio da faculdade e que o mesmo quando chegou ao 2º ano da escola disse que gostaria de fazer Medicina. Hoje, trabalham juntos no consultório da família, em Teresópolis. E o filho mais novo, Lucas, de 21 anos, também segue o mesmo caminho, está acabando o 3º ano da faculdade de Medicina.
“Minha esposa e eu éramos da mesma turma, começamos a namorar, e dois anos depois o “Jamezinho” nasceu. Jamais imaginávamos que ele fosse fazer Medicina, afinal, ele pegou a gente no meio da faculdade, fazendo residência, e às vezes ele ligava chamando para jogar bola e eu falava que não podia pois teria que dar plantão aos sábados. E pelo contrário! Ele começou a fazer a Medicina já decidido a seguir carreira na Endoscopia. Fez a residência de clínica médica aqui na UNIFESO, em Teresópolis, e foi fazer residência em Endoscopia em São Paulo, no centro formador da SOBED, do Dr. Arthur Parada. Depois, para a minha alegria, veio trabalhar comigo. Eu tinha uma demanda muito grande de exames e nós fizemos duas salas aqui. Estamos juntos desde março de 2018. Ele acabou de fazer 31 anos. E o nosso filho mais novo, que tem 10 anos de diferença, está acabando o 3º ano da faculdade, ainda não definiu a especialidade, mas já nos ajuda muito na parte tecnológica do consultório. Acho que dentro em breve teremos mais um que está super engajado”, conta Dr. James Menezes Alvarez, médico endoscopista que atua dentro do Hospital São José, de Teresópolis.
Dr. James Queiroz Alvarez, o “Jamezinho”, reforça que desde pequeno acompanhou todo o processo de crescimento dos pais na área médica e isso o fez ter certeza da sua escolha.
“Meu pai era intensivista e minha mãe era intensivista pediátrica, então, eu sempre tive muito contato com o hospital e sempre gostei! Ficava esperando eles saírem de plantão, jogando videogame/ computador na sala de repouso. Às vezes, o meu pai era chamado no sobreaviso e eu o acompanhava nos exames, quando já estava na faculdade. Sempre tive vontade de seguir a carreira. Eu já gostava de Endoscopia e durante a faculdade essa aptidão e essa vontade foram confirmadas. Acabei fazendo a residência de clínica medica já tendo esse interesse. O que mais admiro nele é o respeito que ele gera nos colegas e pacientes que ele conquistou aqui. Como pai, sempre me inspirou pelo caráter e pelas lições e valores. Mesmo com a ausência por conta dos plantões, residências e sobreavisos ele sempre que pôde se fez presente na minha vida e na do meu irmão. É um exemplo para nós”, reforça Dr. James Queiroz Alvarez.

Casado e pai de 2 filhos, Dr. Ricardo Alvariz é endoscopista e gastroenterologista e aprendeu desde criança com o seu pai, o saudoso Dr. Fernando Alvariz, que a Medicina deve ser uma paixão.
“É todo um conjunto que a Medicina traz para a gente, como a possibilidade de ver as pessoas bem, de proporcionar a melhora do paciente, de tirar a dor e até de curar. Tendo como uma paixão, eu já dizia que queria ser médico desde os 2 anos. Nunca tive dúvida. Meu pai sempre foi um apaixonado pela Medicina e deixou uma mensagem de retidão, de ser uma pessoa correta, ética, e isso foi um exemplo muito importante para mim e para quem conviveu com ele no período em que foi Chefe da Clínica Médica do Hospital de Bonsucesso e Chefe da Disciplina de Gastroenterologia da UERJ. Eu acompanhei o meu pai durante muitos anos. Depois que me formei, fui para a UERJ por causa dele. Quando ele se aposentou, eu continuei no ambulatório de fígado com ele, até ser fechado recentemente, quando ele já estava com 81 anos. Fiquei mais de 20 anos no ambulatório de fígado e depois acabei indo para Santa Casa, já que ele ficou alguns anos lá e novamente o acompanhei. Meu pai era gastroenterologista mas não fazia endoscopia. Já eu sempre fui um gastroendoscopista, sempre gostei da clínica de gastroenterologia e da clínica hepatológica, tanto que o meu mestrado e doutorado foram na área de hepatologia. Há 25 anos, sou professor da Disciplina de Gastroenterologia, na UERJ e atuo em hospitais privados através do nosso Grupo/Clinica Endoview”, revela Dr. Ricardo Alvariz, que escolheu para o filho mais velho o nome de seu pai.
A SOBED-RJ finaliza aproveitando para desejar um domingo de muito amor em família e que todos tenham um Feliz Dia dos Pais!
GALERIA DE FOTOS
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- Dr. Celso com Dr. Guilherme Falcão
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- Com a esposa e as netas Sofia e Isabela
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